quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estratégias: Comunicação Social

A comunicação social (CS) tem uma relação esquizofrénica com o Benfica: por um lado precisa de o chamar à primeira página para vender e pelo outro tem que obedecer às várias vozes dos donos que ou têm um ódio de morte ao Benfica ou têm interesses que são bastas vezes contrários aos do Glorioso. É por isso habitual lerem-se enormidades e falsidades relacionadas com a contratação de jogadores, o(s) desempenho(s) da(s) equipa(s) e a vida interna do clube.

Já se sabe que hoje em dia não existem jornalistas, apenas um bando de maus escrevinhadores preguiçosos que, em muitos casos, se limitam a assinar artigos e notícias que lhe põem à frente. E na área desportiva estão os piorzinhos deles todos, com relações suspeitas com empresários e clubes, avençados de interesses que nada têm a ver com a sua profissão. Esta gente convive com a corrupção e o compadrio e na maior parte dos casos vive dela (e dele compadrio). Só assim é possível que casos como o Apito Dourado sejam despoletados por investigação policial e não por investigação jornalística. É inacreditável que coisas que são do conhecimento público, em alguns casos publicadas em livros, não tenham o devido tratamento e investigação por parte da CS. As únicas justificações para isso é a cobardia e a submissão aos interesses dos criminosos.

É com esta CS que o Benfica tem que lidar e é para ela que deve criar uma estratégia que proteja o bom nome do clube e, consequentemente, um dos seus bens mais valiosos, a marca Benfica. Poderia o Benfica usar as mesmas armas que outros usam, como sejam a intimidação, a chantagem e o suborno, mas isso não faz parte da sua matriz vivencial, pelo que se impõe encontrar comportamentos que se coadunem com os ideais do Benfica e sejam capazes de gerar mecanismos para a sua protecção.

Uma possibilidade é a criação da figura do jornalista (jornalista, enfim...) credenciado pelo Benfica. No início de cada época o Benfica envia a todos os órgãos de CS um pedido para que lhe sejam indicados os jornalistas (num máximo de 3) a credenciar pelo clube informando que apenas estes terão acesso às instalações do clube na qualidade de jornalistas. E cumprirá com isso, ou seja, jornalista não credenciado não entra. Nos jogos é o mesmo, não credenciado paga bilhete e vai para junto do público em geral. As vantagens desta credenciação são evidentes pelo que não me vou alongar muito (ou pouco) sobre elas.

É absolutamente imprescindível criar um gabinete jurídico ligado ao departamento de comunicação unicamente para analisar as notícias e proceder judicialmente caso haja matéria para tal, pedindo indemnizações para ressarcir os danos criados à imagem e à marca Benfica. Do modo como as coisas andam, estes gabinete pode dar um lucro muito interessante.

Os órgãos de CS do Benfica (BenficaTV, jornal O Benfica e revista Mística) têm que ter um tratamento privilegiado no que respeita à informação relativa ao clube com exclusivos, prioridade nas perguntas nas conferências de imprensa, acesso a áreas restritas, etc., produzindo conteúdos que depois podem ser vendidos aos outros media. Sendo propriedade do clube, a sua linha editorial é óbvia e só pode ser a defesa dos interesses do Benfica feita de uma forma transparente e rigorosa. Podem ser um contrabalanço importante, no entanto há que repensar a sua expansão para lá do público exclusivamente benfiquista.

Depois há o modo como é controlada a divulgação de informação através de entrevistas e conferências de imprensa, que carece de um maior controlo, sobretudo no que respeita ao presidente LFV, que tem o coração ao pé da boca e não resiste à pressão do microfone para uma ou outra
boutade. Tem que ser muito, mas muito melhorada.

Enfim, ficaram algumas ideias gerais, sobre o modo como tratar os gajos que têm a mania que são jornalistas, mas não passam de um bando de avençados sem coluna vertebral.

Saudações Benfiquistas


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